Após cerca de um mês detido, o empresário Waldezar Correiro de Matos (65), suspeito de matar a enteada Thayná Ferreira Alves (21), deixou o Complexo Prisional de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal.
O padrasto nega ter assassinado a universitária, que está desaparecida desde fevereiro.
Waldezar Correiro foi detido no dia 25 de maio. Em nota, a Polícia Civil (PC) informou que protocolizou junto ao Poder Judiciário um pedido de renovação da prisão do suspeito. Porém, a solicitação foi indeferida.
A corporação informou, ainda, que os laudos periciais requisitados à Polícia Técnico-Científica apresentaram resultado "inconclusivo" ou seja “fato que dificulta sobremaneira a caracterização da ‘materialidade’ do crime e, consequentemente, as investigações”.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) confirmou que o alvará de soltura foi expedido na última sexta-feira (23/06), pela juíza Lorena Prudente Mendes, da Vara Criminal de Valparaíso de Goiás, cidade que também fica no Entorno do DF e onde a jovem morava.
Segundo o órgão, a magistrada havia determinado a prisão temporária, em maio, para que a Polícia Civil finalizasse o inquérito. Como transcorreu o prazo e a investigação não foi concluída, a juíza explicou que não possui embasamento jurídico para mantê-lo detido.
Investigação
O delegado responsável pelo caso, Rafael Abrão, espera que a liberação não atrapalhe o andamento da investigação. Ele explicou que, como o processo passou a correr em segredo de Justiça, não pode fornecer detalhes sobre quais procedimentos tomará a partir de agora.
“Vamos continuar com as investigações, temos outras diligências a serem feitas. Diligências no sentido de encontrar o corpo”, revelou.
Segundo o delegado regional Rodrigo Mendes, a corporação acredita que a motivação para o crime seria uma discussão entre a enteada e o padrasto, que ocorreu em dezembro de 2016, no aniversário da mãe da jovem. Ele explicou que, na ocasião, Thayná riscou o carro do empresário e denunciou à polícia que o homem tinha uma arma.
“Na época ele foi preso por causa da posse da arma. O que teria gerado tudo isso foi uma discussão sobre uma festa surpresa que a universitária teria feito para a mãe. Ao ver a preparação da festa o padrasto teria virado a mesa do bolo e sido verbalmente agressivo com ela”, detalhou.
Desaparecimento
Thayná foi vista pela última vez no dia 16 de fevereiro deste ano. Imagens de câmeras de segurança mostraram quando ela e o padrasto saem da casa em que moravam.
Segundo os familiares, a estudante havia pedido ao padrasto para deixá-la em um ponto de ônibus, na BR-040, em Valparaíso de Goiás. Desde então ela não foi mais vista.
A dona de casa Jussara Ferreira, mãe da jovem, revelou que nunca parou de procurar a filha.
“Foram meses de muita procura, por todos os lugares, às vezes as pessoas ligam para mim falando que a viram em algum lugar, e eu vou lá, mas não encontro”, disse.
Fonte: G1 Goiás (com adaptações)