O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol) prepara uma série de protestos para os próximos dias contra a proposta de reforma da previdência social apresentada pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira (02/12).
Os integrantes do movimento prometem paralisações que devem atingir mais de 90% das cidades do Estado.
Segundo a presidente do Sindepol, Silvana Nunes, a proposta do Governo Federal é um atentado contra a carreira do policial civil, pois não leva em consideração as condições de trabalho e saúde dos profissionais. Ela reforça que a categoria não vai medir esforços para que a aposentadoria especial, um direito garantido pelo parágrafo 4º, do art. 40, da Constituição Federal, seja mantida.
No entendimento da sindicalista, ao mudar a Constituição por meio da PEC da Previdência, o atual governo estabelece que policiais não exercem atividade de risco.
"Enquanto o governo defende política de desencarceramento com normas mais benéficas aos autores de crime, o pacote de maldades vem para os policiais, que não medem esforços e expõem suas vidas para defender a população?", questiona a presidente do Sindepol.
O sindicato expõe descontentamento com itens da proposta que preveem a elevação da idade mínima de aposentadoria do policial para 65 anos, a retirada da compensação à mulher para que se aposente cinco anos mais cedo e a redução em até 50% do valor da aposentadoria do policial.
“Se essa reforma da previdência passar no congresso do jeito em que se encontra, o policial brasileiro que for atingido será o mais longevo do mundo, precisando ter 65 anos para se aposentar”, ressalta a entidade.
“Parece piada de mau gosto, num país de péssima saúde, com suas polícias apresentando péssimas condições de serviço e o lugar onde mais morre policiais no mundo vítimas de violência”, concluiu a sindicalista.
Fonte: Mais Goiás (com adaptações)