Depois do surto de crianças com microcefalia no Nordeste, com 1.233 casos já confirmados, especialistas indicam que pode haver uma nova onda de bebês com malformações nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do paÃs.
Segundo Artur Timerman, presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, em maio tivemos mais pessoas infectadas com zika nessas regiões, e os nascimentos devem acontecer em outubro.
A situação se agrava ainda mais, segundo ele, pelo fato de o Ministério da Saúde ter trocado sua cúpula no novo governo do presidente interino, Michel Temer. O coordenador do Programa Nacional de Controle de Dengue, Giovanini Coelho, e o diretor de Doenças TransmissÃveis do ministério, Cláudio Maierovitch, deixaram seus postos sem que haja substitutos em vista, o que preocupa os médicos.
"A equipe do Ministério da Saúde, que era muito competente, mesmo com todas as crÃticas que podemos fazer a eles, que lidava com essa epidemia foi desmontada. Estamos sem condução."
Segundo o ministério, enquanto as nomeações não acontecem, as diretorias, coordenações e projetos são encaminhados pelo corpo técnico que já participava das ações.
Número de casos de zika no Sudeste é alto
Segundo dados do Ministério da Saúde, até o inÃcio de maio a região Sudeste tinha 46.318 casos de pessoas infectadas pelo vÃrus da zika, o maior número, seguido pela região Nordeste, com 43 mil. No Centro-Oeste são 20.101; no Norte, 8.545 e no Sul, 2.197.
E esses números ainda são uma estimativa porque consolidar um número exato de pessoas infectadas por zika ainda não é possÃvel.
Em alguns casos a doença não apresenta sintomas. Desta forma, a gestante não saberia se foi acometida pelo vÃrus no inÃcio da gravidez
Atualmente a região Sudeste tem 77 casos confirmados de microcefalia causados pela zika, enquanto o Centro-Oeste tem 36. Provavelmente no segundo semestre isso também deve ocorrer no Centro-Oeste", explica Marco Aurélio Sáfadi, diretor do núcleo de estudos da Sociedade Brasileira de Dengue e Arbovirose.
Fonte: Uol NotÃcias (com adaptações)